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  • Agência Brasil

Com Carnaval cancelado, turismo e comércio tomam medidas contra crise

Em discussão desde o ano passado, um dos principais eventos do Rio não irá ocorrer em 2021 devido à pandemia de Covid-19


O Carnaval é considerado a maior comemoração popular do país. É o momento esperado por muita gente para viajar e aproveitar intensamente a folia. A tradição brasileira reúne multidões em diversas cidades, principalmente no Rio de Janeiro - cenário perfeito para a transmissão generalizada do novo coronavírus. A questão sanitária resultou no cancelamento da festa deste ano.


Sambódromo do Rio. Foto: Divulgação

A preocupação com a inviabilidade de grandes carnavais já estava em discussão desde o ano passado, quando o governador e os órgãos de turismo e saúde se reuniram em para discutir o cenário. Algumas das maiores festividades de rua do Rio, por exemplo, já tinham sido avaliadas como impraticáveis, quebrando tradições que duravam mais de um século no Estado.


O prejuízo causado pelo cancelamento não se resume apenas à saudade da folia. O Carnaval movimenta a economia brasileira e é, em muitos pontos turísticos, o ápice de arrecadação anual e a maior oportunidade de novos negócios para micro, pequenos e médios empresários. Entretanto, a preocupação com a possibilidade de contágio acelerado de Covid-19 em decorrência do Carnaval resultou em medidas severas para o período.


Trabalhadores de diversos setores que dependem da movimentação comercial gerada pelo turismo e pelo consumo do Carnaval buscam alternativas e apoio do governo para mitigar o impacto das perdas financeiras inevitáveis.


Escolas de samba do Rio


Para as escolas de samba do grupo especial, considerado a elite do carnaval do Rio, é grande o baque com a suspensão dos desfiles neste ano. O impacto vai desde a perda de receitas até os reflexos na vida dos trabalhadores da extensa cadeia que envolve os desfiles para a escola chegar à Passarela do Samba no domingo (14) ou na segunda-feira (15) de carnaval.


Unidos do Viradouro, campeã em 2020. Foto: Raphael David

Para o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba, Jorge Castanheira, a preocupação é que grande parte dessas pessoas não tem emprego fixo durante o ano e só quando começa a movimentação dos barracões que conseguem um trabalho com remuneração.


“O objetivo nosso é dar condição de suporte financeiro às pessoas que trabalham no carnaval e que ao longo do ano de 2020 e agora no início de 2021 estão sem atividade. A quantidade de pessoas varia, porque alguns trabalham para mais de uma escola, por exemplo, o ferreiro, o carpinteiro. Evidente que é muito difícil para todos nós, mas temos que administrar em função do que está acontecendo”, disse Jorge Castanheira.


Receita


Segundo o presidente, a receita anual com venda de ingressos, direitos de transmissão televisivos e patrocínios variam entre R$ 120 milhões e R$ 150 milhões. Nada disto vai ocorrer este ano, mas as escolas Beija-Flor, Grande Rio, Mocidade e Viradouro receberão R$ 150 mil cada para a escolha dos sambas-enredos. O evento terá transmissão online. Em contrapartida, as escolas deverão fazer 4 apresentações durante a classificação.


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